Tereza Cristina defende aumento de recursos para o Plano Safra 2025/26
Nesta terça-feira, 29 de abril, a senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), expressou publicamente sua preocupação com o investimento no setor agropecuário durante a elaboração do próximo Plano Safra para 2025/26. Ela ressaltou a importância de o governo federal demonstrar que a agricultura realmente ocupa uma posição prioritária nas suas diretrizes orçamentárias. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), da qual Tereza Cristina é uma figura proeminente, está atenta às questões que cercam a definição dos recursos destinados a esse plano fundamental para o setor.
Aumento dos Recursos e Priorização da Agricultura
A proposta apresentada pela FPA sugere um aumento significativo no orçamento para a equalização de juros do Plano Safra, elevando a verba dos atuais R$ 14 bilhões para R$ 25 bilhões. Para Tereza Cristina, esse valor é crucial para atender à crescente demanda por recursos no setor agrícola. “O governo tem opções orçamentárias e, se houver vontade, pode mover verba de uma rubrica para outra”, disse a senadora, deixando claro que a questão é mais uma questão de prioridade governamental do que de falta de recursos.
Segundo Tereza Cristina, é vital que o governo mostre de maneira concreta se está comprometido com a agricultura brasileira. “Se a agricultura é uma prioridade, há maneiras de destinar recursos para um Plano Safra que, atualmente, é insuficiente se comparado ao tamanho da produção agrícola nacional”. Essa afirmação ressalta um ponto crucial: a necessidade de um planejamento orçamentário mais robusto para atender as demandas das safras.
Propostas de Suplementação Orçamentária
A senadora sugere que a suplementação do orçamento pode ser realizada de duas formas principais: através do remanejamento de recursos já existentes ou pelo envio de um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para abertura de crédito suplementar. A ideia é garantir um fluxo de recursos suficiente para que pequenos e médios agricultores possam continuar suas atividades econômicas de forma estável.
Além disso, ela enfatiza a importância de olhar com atenção ao seguro rural, que é fundamental para a proteção desses agricultores. “Os grandes produtores têm buscado outras ferramentas e muitos médios também estão se afastando do Plano Safra. Os pequenos e médios, que representam a maioria, precisam do apoio do governo”, afirmou Tereza, evidenciando o impacto que essa decisão pode ter na economia rural.
Busca por Diálogo com o Governo
A FPA está planejando solicitar reuniões com os ministros envolvidos – Carlos Fávaro (Agricultura), Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) – para discutir a importância do aumento de recursos e das mudanças necessárias no Plano Safra. Tereza Cristina reiterou a necessidade de um diálogo aberto e construtivo para chegar a um consenso que beneficie todos os envolvidos no setor agropecuário.
Ela ainda destacou a importância de que o trabalhador rural tenha previsibilidade em suas atividades. “O agro deve ser visto como uma política de enfrentamento à inflação, que representa uma ameaça real à estabilidade econômica do país. Precisamos refletir sobre o que não está funcionando no atual Plano Safra”, disse a senadora, enfatizando a urgência de uma revisão na abordagem do governo em relação ao setor.
Demandas da Bancada Ruralista
A FPA, representando os interesses do agronegócio, entregou ao ministro Carlos Fávaro uma proposta detalhada que inclui as principais demandas para o novo Plano Safra. Uma das principais solicitações é o aumento do aporte para a equalização de juros, fixando o valor em R$ 25 bilhões, além de garantir que pelo menos 1% do valor total do plano seja destinado para a subvenção ao seguro rural.
Essas solicitações visam garantir não só a previsibilidade para os agricultores, mas também a continuidade do crédito necessário para que o agronegócio brasileiro se mantenha forte e competitivo. A falta de segurança na gestão dos recursos pode levar a interrupções no crédito, o que prejudicaria os pequenos e médios produtores, que dependem desse suporte financeiro.
A Importância da Previsibilidade
O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), coordenador institucional da FPA, enfatizou em suas declarações que a palavra-chave para o sucesso do Plano Safra é “previsibilidade”. Se os produtores não têm clareza sobre o que está por vir, a insegurança compromete suas decisões de investimento e planejamento a longo prazo. Um ambiente econômico incerto pode desestimular novos investimentos e inovações no setor.
“Um plano consistente é essencial. Pequenos e médios produtores devem ter confiança para colocar suas práticas em ação, e isso só será possível com um plano que realmente atenda suas necessidades”, resumiu Alceu. Isso coloca a necessidade de um Plano Safra robusto como parte integrante da estratégia para combater desafios econômicos e garantir a segurança alimentar.
A Visão de Futuro para a Agricultura Brasileira
Ao final de suas declarações, Tereza Cristina deixou claro que a proposta da FPA visa não apenas resolver problemas imediatos, mas também estabelecer um legado de segurança e prosperidade para a agricultura brasileira. A necessidade de um olhar inovador e adaptativo é crucial neste momento em que o cenário econômico global apresenta constantes mudanças.
integrar as demandas da agricultura familiar e dos agricultores industriais será fundamental para construir um futuro sustentável e mais resistente. Ao atender às necessidades específicas de cada grupo, podemos garantir que todos os setores do agronegócio tenham acesso aos recursos e apoios necessários para prosperar.
Conclusão: Um Chamado à Ação
Em meio a desafios crescentes, a proposta de aumento de investimentos e uma revisão abrangente do Plano Safra são passos importantes para garantir um futuro promissor para a agricultura brasileira. A mobilização da FPA sob a liderança de Tereza Cristina reflete um compromisso com a economia rural e a segurança alimentar do país.
À medida que as discussões prosseguem, é fundamental que todos os envolvidos permaneçam unidos em torno de uma visão que priorize a inovação, a sustentabilidade e o fortalecimento do agronegócio. O futuro da agricultura depende, mais do que nunca, de decisões que envolvem responsabilidade, planejamento e, acima de tudo, comprometimento com a segurança e estabilidade dos trabalhadores rurais.
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